quinta-feira, 4 de maio de 2023

Napoli empata com a Udinese e volta a conquistar o scudetto após 33 anos de jejum

Napoli conquista Italiano pela terceira vez

Fonte: Redação do GE, Milão Itália 04/05/2023

 O Napoli  conquistou o Campeonato Italiano pela terceira vez na história nesta quinta-feira. A equipe do Sul da Velha Bota empatou com a Udinese por 1 a 1 , fora de casa, e levou o Scudetto com cinco rodadas de antecipação. O último título italiano do pelo Napolifoi há 33 anos, em 1990, quando contava com a célebre dupla Maradona e Careca.O Napoli  chegou a 80 pontos e não pode mais ser alcançado pela vice-líder Lazio, que venceu o Sassuolo por 2 a 0 na quarta-feira e tem 64 - restando cinco rodadas, chega no máximo a 79.O maior campeão italiano é a Juventus com 36 canecos, seguida por Inter e Milan  (19, cada). O Genoa, que não levanta um troféu da competição desde os anos 20 e atualmente na segundona, é quem vem atrás na lista. O Napoli é o 8º com mais canecos ao lado da Roma.Comandado por Luciano Spaletti, que venceu sua primeira Campeonato Italiano na carreira, o Napoli  teve como destaque a dupla Osimhen e Kvaratskhelia, que com muitos gols e assistências, emularam Careca e Maradona, que ajudaram o Napoli  a ser campeão três décadas atrás.

https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-italiano/noticia/2023/05/04/napoli-conquista-italiano-pela-terceira-vez-veja-lista-com-todos-os-campeoes.ghtml

Napoli se reconstrói, vive temporada mágica e reconquista Italiano para a cidade após 33 anos

Antes do início da temporada, nem o mais otimista torcedor do Napoli  arriscaria dizer que o time daria certo. Na janela de transferências de agosto, o clube perdeu peças importantes, como o zagueiro Koulibaly , vendido ao Chelsea , o goleiro Ospina , Fabían Ruiz e Insigne.

Ao todo, acumulou mais de 80 milhões de euros com as vendas, o suficiente para montar um elenco que encantou seus torcedores. Nesta quinta-feira, o clube conquistou o Campeonato italiano  após 33 anos - pela primeira vez sem Diego Armando Maradona. É o terceiro scudetto do time de Nápoles , uma cidade ao sul da Itália  e a terceira mais populosa do país, atrás de Roma e Milão .O Napoli teve a oportunidade de comemorar o título em seu estádio, mas a desperdiçou ao empatar com a Salernitana diante de sua torcida. Ao empatar com a Udinese, fora de casa, em 1 a 1 finalmente sacramentou o título, que já estava desenhado há tempos. De acordo com a Associated Press, 11 mil torcedores napolitanos acompanharam o jogo no estádio, cinco mil fora dele e outros 50 mil nos telões disponíveis no Estádio Diego Armando Maradona. Údine, onde a partida foi disputada, e Nápoles estão separados por mais de 800 km.

A reconstrução do Napoli passou diretamente por três nomes: Khvicha Kvaratskhelia, Osimhen e Min-jae Kim. Comandados por Luciano Spalletti, os jogadores foram capazes de suprir as ausências deixadas pelas transferências na janela do verão europeu. Pilar da defesa, Min-jae comandou a equipe com o setor menos vazado do Italiano; na frente, Osimhen e Kvaratskhelia marcaram, juntos, 34 gols – 49% do time com o melhor ataque na competição. A cada rodada, a certeza de ser campeão só aumentava. José Mourinho, técnico da Roma, disse isso lá atrás, quando seu time se encontrou com o Napoli. Estava certo.

Kvaratskhelia foi um achado da diretoria napolitana. Natural da Geórgia, saiu diretamente do Dinamo Tbilisi, maior clube do país, para ganhar a idolatria nas ruas de Nápoles. Não por acaso, ele recebeu o apelido carinhoso de Kvaradona, em referência ao ídolo Maradona, o último – e, até então, o único – capaz de liderar o clube à glória nacional na década de 1980.O outro destaque da equipe é uma joia lapidada em Nápoles mesmo. Comprado junto ao Lille, em 2020, o nigeriano Victor Osimhen é um dos destaques do time desde que chegou. Nesta temporada do Italiano foram 22 gols em 27 jogos; sem ele, o Napoli sofreu sua pior derrota na temporada, 4 a 0 para o Milan. A temporada foi tão boa que o clube voltou a figurar também na Liga dos Campeões com muita competência. Caiu em fase aguda diante do próprio rival de Milão, mas não sem antes despertar lembranças do passado. O Napoli voltou.Nas ruas da cidade, tudo remete à idolatria de Maradona. Não à toa o primeiro título Italiano desde a saída de “Díos” viria com um jogador escolhido pela torcida para carregar seu nome. Antes mesmo da confirmação do título, torcedores lotaram as ruas para receber a equipe da viagem à Turim, após vitória de 1 a 0 sobre a Juventus, na última semana.

A festa “antes da hora” foi mais um sinal da temporada histórica para o Napoli. Mesmo após a eliminação para o Milan, nas quartas de final da Champions League, milhares de torcedores recepcionaram a equipe nas ruas, apesar de que, naquele momento, ainda existia a chance, mesmo que remota, de a Lazio ser campeã – fato que não ocorreu.

“Estamos fazendo história. Estar na competição é importante, mas queremos vencer. Ficar aqui para defender o que já conquistamos significa não acreditar no que ainda podemos conquistar. Não é preciso ter medo dos riscos, devemos jogar para alcançar a felicidade infinita”, afirmou o técnico Spalletti, antes da eliminação para o Milan na Liga dos Campeões.

Liderança de Maradona e de brasileiros

Renomeado após a morte de Maradona, o estádio agora chamado Diego Armando Maradona foi mais um toque especial à conquista do clube – o terceiro do Napoli em sua história. Na década de 1980, o argentino colocou, pela primeira vez, o time no topo do futebol italiano e mundial.

O futebol chegou a Nápoles, assim como a maior parte das cidades europeias, por meio da região portuária. Após crises e refundações no início do século 20, o Napoli tomou a forma atual a partir de 1926. Sessenta anos depois, com Maradona, conquistou seu primeiro Campeonato Italiano, após diversos rebaixamentos e crises financeiras ao longo das décadasA equipe repetiu a dose na temporada 1989/1990 e alcançou a glória a nível europeu um ano antes, ao vencer a Copa Uefa – antiga Europa League. Na década mais vitoriosa de sua história, Maradona construiu sua idolatria ao lado de brasileiros, principalmente o zagueiro Alemão e o atacante Careca, titular da seleção brasileira na Copa de 1990, disputada na Itália.

Foi neste Mundial que o mundo, além de Nápoles, ficou cientes da força de Diego Armando Maradona na Itália. Na semifinal, Argentina e Itália disputaram uma vaga para a decisão, na cidade napolitana. Apesar de jogar em seu próprio país, a seleção italiana não teve o apoio nas arquibancadas, que clamavam por outros nomes: o da Argentina e, principalmente, o de Maradona.

Após o craque argentino ser pego no doping no ano seguinte ao segundo título do time, o clube, que já tinha seus problemas financeiros, entrou em um período entre campanhas ruins e medianas, até falir em 2004. Comprado pelo produtor cinematográfico Aurelio De Laurentiis, recuperou-se a partir das divisões inferiores e voltou à elite na temporada 2007/2008.

Desde o seu retorno, flertou diversas vezes com o título nacional, que se concretizou nesta temporada. Foram quatro vice-campeonatos italianos e dois títulos da Copa Itália desde que retornou à primeira divisão. A conquista, aliada à sua história e de Diego Armando Maradona, tem força para recolocar o futebol italiano num cenário mais favorável e valorizado das ligas europeias. O futebol italiano perdeu terreno com o crescimento de outras competições no continente e também porque sua seleção nacional ficou fora das duas últimas Copas do Mundo. O Napoli pode ajudar a reconstruir este cenário.

https://www.estadao.com.br/esportes/futebol/napoli-se-reconstroi-vive-temporada-magica-e-reconquista-italiano-para-a-cidade-apos-33-anos/

Ruas de Nápoles hoje(04/05/2023), no dia em que o Napoli volta a ser campeão italiano 33 anos depois!



                                           Khvtha Kvaratskhlia e Victor Osimhem 

Napoli empata com a Udinese e é campeão italiano após 33 anos

Artilheiro nigeriano Osimhen marcou o gol do título e fez a festa da torcida em Nápoles; taça não vinha desde a era de Maradona e Careca

Jogadores do Napoli relacionados para a partida Udinese x Napoli 04/05/2023 válida pela 33ª rodada do campeonato italiano:

- Gollini, Marefella, Meret - Bereszynski, Di Lorenzo, Olivera, Zedadka - Juan jesus, Kim, Ostigard, Rrahmani - Anguissa, Demme, Elmas, Gaetano, Lobotka, Ndombele, Zerbin, Zielinski - Kvaratskhelia, Lozano, Osimhen, Raspadori e Simeone

Escalação para a partida:

NAPOLI (4-3-3: Meret; Di Lorenzo, Rrahmani, Kim, Olivera; Anguissa, Lobotka, Ndombele; Elmas, Osimhen e Kvaratskhelia BANCO: Gollini, Marfella, Bereszynski, Ostigard, Juan Jesus, Zedadka, Demme, Gaetano, Zerbin, Zielinski, Raspadori, Lozano e Simeone. - TÉC.: Luciano Spalletti

A espera acabou: o Napoli voltou a ser campeão italiano após 33 anos, numa campanha histórica. O time empatou em 1 a 1 com a Udinese fora de casa, nesta quinta-feira (4), e soltou o grito adiado na última rodada.

O gol do título, o terceiro da história do clube, foi marcado pelo atacante nigeriano Victor Osimhen, que balançou as redes 22 vezes nesta temporada e é o artilheiro do campeonato. Ele aproveitou rebote após chute de outro destaque da campanha napolitana, o georgiano Khvicha Kvaratskhelia.

O grito de campeão saiu com cinco rodadas de antecedência, já que o Napoli alcançou 80 pontos e não pode mais ser alcançado pela Lazio (segunda, com 64 pontos) e Juventus (terceira, com 63).

Italiano: Napoli empata com Udinese e é campeão após 33 anos

Com gol de Osimhen no segundo tempo, o Napoli volta a ser campeão italiano com cinco rodadas de antecedência

FICHA TÉCNICA

UDINESE 1 X 1 NAPOLI

Data do jogo: 4 de maio, quinta-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Duração: 94 minutos (46 + 48)
Local: Estádio Friulli, em Udine, na Itália
Competição: Campeonato Italiano (33ª rodada)
Árbitro: Rosario Abisso (Itália)
Assistentes: Filippo Valeriani e Dario Garzelli (ambos da Itália)
VAR: Daniele Doveri (Itália)
Cartões amarelos: Ehizibue (Udinese)

Gols: Lovric, aos 13/1ºT (1-0) e Osimhen, aos 7/2ºT (1-1).

Udinese: Silvestri; Becao, Bijol e Perez; Ehizibue (Ebosele, aos 37/2ºT), Samardzic (Thauvin, aos 37/2ºT), Walace, Lovric (Arslan, aos 33/2ºT) e Udogie (Zeegelaar, aos 29/2ºT); Pereyra; Nestorovski. Técnico: Andrea Sottil.
Napoli: Meret; Di Lorenzo, Rrahmani, Kim e Olivera; Anguissa, Lobotka e Ndombelé (Zielinski, aos 19/2ºT); Elmas, Osimhen e Kvaratskhelia (Lozano, aos 41/2ºT). Técnico: Luciano Spalletti.
A Udinese chegou ao primeiro tempo bem organizada e conseguiu evitar que o time do Napoli encontrasse espaços. E para dificultar a vida do adversário, ainda conseguiu abrir o placar. Aos 13 minutos, Udogie recebeu a bola na esquerda próximo à área e passou para Lovric marcar um golaço.As melhores chances do Napoli na etapa inicial nasceram de cruzamentos e lances de bola parada. Aos 24 minutos, lmas cobrou uma falta, lançando a bola na área, e Osimhen cabeceou, mas Silvestri defendeu. Após análise do VAR, o lance ainda foi anulado por impedimento.Aos 32 minutos, Elmas cruzou na área e Osimhen mais uma vez cabeceou, mandando a bola para fora, ao lado esquerdo do gol.

 Aos 37, a Udinese perdeu a oportunidade de aumentar a vantagem. Lovric bateu escanteio e Bijol cabeceou, mas a bola quicou no gramado e saiu por cima do travessão.

 O gol do Napoli veio apenas no segundo tempo. Após escanteio batido por Elma aos 7 minutos, Kvaratskhelia chutou forte e Silvestri espalmou, mas Osimhen aproveitou o rebote e marcou o gol de empate que garantiu o terceiro Scudetto da história do clube.

Próximos jogos do Napoli

Napoli x Fiorentina, Campeonato Italiano, em Nápoles - 7 de maio (domingo), 13h.

A.C. Monza x Napoli , Campeonato Italiano, em Monza - 14 de maio (domingo), 10h.


  • Napoli x Internazionale-21/05, às 13h(de Brasília)

  • Bologna x Napoli -28/05 em horário ainda não confirmado

  • Napoli x Sampdoria-04/06 em horário ainda não confirmado


 https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/futebol-internacional/2023/05/04/noticia_futebol_internacional,3994329/italiano-napoli-empata-com-udinese-e-e-campeao-apos-33-anos.shtml 

https://twitter.com/Napoli_Brasil

Torcida invade o campo

Após o apito final, a torcida do Napoli presente a Udine invadiu o campo e cercou jogadores e o treinador Luciano Spaletti. O meia Zielinski foi flagrado pela transmissão sem short, apenas de camisa e cueca.Como a partida foi fora de casa, o Napoli abriu o Estádio Diego Maradona, em Nápoles, para a torcida assistir pelos telões.

Na última vez que o time do Sul da Itália foi campeão, inclusive, Maradona era o líder técnico do time, que contava ainda com os brasileiros Careca e Alemão. Foi na temporada 1989/1990.https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/napoli-empate-com-a-udinese-e-e-campeao-italiano-apos-33-anos/



GRATIDÃO ETERNA AO PRESIDENTE AURÉLIO DE LAURENTIIS 

'Não tinha nem bola para treinar, fizemos vaquinha para comprar camisas': como Napoli foi da falência à glória em 20 anos


 Francisco De Laurentiis e Vladimir Bianchini 20/04/2023 ESPN 

Há cerca de 20 anos, os torcedores celestes choraram a maior desgraça da história quase centenária do clube: a falência e a possibilidade de fechar as portas.

Em 2 de agosto de 2004, a equipe não conseguiu a licença para disputar a Serie B italiana, já que tinha dívidas acumuladas de 70 milhões de euros. Com isso, a bancarrota foi declarada de maneira oficial pela Justiça italiana, que permitiu que a equipe continuasse existindo apenas se fosse comprada por alguém que pudesse garantir o pagamento dos débitos e refundasse o clube com outro nome.



Foi aí que surgiu o empresário Aurelio De Laurentiis.

Dono de uma das maiores produtoras de cinema da Europa, ele comprou o time de coração e mudou o nome da agremiação para Napoli Soccer, seguindo a determinação da Justiça. A equipe conseguiu as garantias para retornar ao futebol profissional, mas, como é de praxe na Itália, teve que recomeçar sua história no "fundo do poço": a Serie C1, à época a 3ª divisão nacional.

O "novo Napoli", então, teve que montar um elenco às pressas para jogar a liga, recorrendo a nomes sem tanta fama para tentar ajudar na reconstrução. Uma das apostas foi um atacante brasileiro que vinha fazendo sucesso atuando pelo pequeno Catanzaro , outra equipe do sul do país: Robson Machado Toledo.

Em entrevista à ESPN, Robson, que è época pertencia oficialmente à Udinese, contou como foi parar na 3ª divisão italiana para ajudar os Partenopei a iniciarem a dura escalada de volta à Serie A.

"Tinha um diretor de futebol chamado Pierpaolo Marino, que tinha sido importante na minha contratação para a Udinese. Ele foi para o Napoli, que tinha recém-caído para a 3ª divisão, iniciar o trabalho lá. Ele me ligou, eu abracei o projeto e fui convencido por ele. O Pierpaolo me deu a palavra dele que seria legal, e assim começou minha aventura no Napoli", relatou.

"A gente não tinha nem bola"

Quando chegou ao novo clube, porém, o brasileiro se deparou com um cenário caótico.

"Ficamos três meses fazendo pré-temporada em uma cidade próxima a Nápoles chamada Pesto. Nos primeiros dias, a gente não tinha nada: não tinha nem bola, meião, camisa, calção...", rememorou.

"Os primeiros jogadores começaram a chegar para os treinos e não éramos nem 10, acho que a gente estava no máximo em sete, porque estavam ainda começando as contratações para a Serie C1. Fizemos uma vaquinha junto com o treinador e o preparador físico para comprar bolas e uniformes para treinar. Começamos a organizar tudo e aí que a equipe foi tomando forma", salientou.

As compras, aliás, foram feitas da maneira mais "rústica" possível.

"A gente entrou em uma loja estilo 'tudo por R$ 1', que era de uns chineses. Compramos meião e camisetas normais, nem tinham escudo de clube ou marca. Depois, compramos umas bolas na feira, daquelas com gomos pretos e brancos, sem nada escrito. Era uma situação muito simples, mesmo", contou.De acordo com Robson, Aurelio De Laurentiis, que comprou o Napoli e salvou o time da falência, também teve que "se virar nos 30" para ajeitar tudo antes do início da temporada.

"O presidente fez o processo de compra do clube, mas ainda não tinha se preparado para as demais coisas, como patrocínios, etc. Na segunda semana de pré-temporada, ele veio nos visitar. Se apresentou, cumprimentou todos os jogadores um por um e falou sobre quais eram as intenções dele", revelou.

"Eu vinha da Serie A italiana para a 3ª divisão. Ficava me perguntando: 'Como vim parar num time sem patrocínio, sem meião, calção, camiseta, bola...?'. Os primeiros sete jogadores aceitaram, mas você chega, se depara com a realidade e pensa: 'Eu errei'. Por isso, foi muito importante ele se pronunciar na frente desses sete jogadores", comentou.

"Imagina se esse grupo chega, vê aquela situação e resolve todo mundo ir embora? Ia ser um escândalo na imprensa e nenhum outro jogador ia aceitar jogar no Napoli. A presença do presidente foi para mostrar que ele ia realmente assumir e ser responsável pessoalmente pelo projeto. Depois disso, a gente deu um suspiro de alívio", exaltou.

"Hoje o Napoli colhe os frutos desse projeto"

A volta do Napoli às glórias foi dura e tortuosa.

Na temporada 2005/06 da Serie C1, o clube foi abraçado por sua torcida, que lotou o estádio em praticamente todas as partidas, e foi campeão do grupo B com 13 pontos de vantagem sobre o Frosinone , conseguindo o acesso para a Segundona.

Já em 2006/07, Aurelio De Laurentiis conseguiu recuperar o nome tradicional da agremiação (Società Sportiva Calcio Napoli) na Justiça e viu os celestes ficarem em 2º lugar na Serie B, atrás apenas da Juventus (que havia sido rebaixada no escândao Calciopoli). Com isso, veio o retorno à elite italiana.

A partir de 2007/08, então, os Partenopei foram aos poucos se fixando novamente na 1ª divisão, subindo degrau a degrau até se firmarem novamente como uma potência nacional. Cada novo sucesso era comemorado: primeiro, a manutenção de divisão; depois, a classificação à Europa League  ; em seguida, o retorno à Champions League ; um 3º lugar; o vice-campeonato... Até chegar a temporada 2022/23.

Com o Napoli praticamente dono do 3º Scudetto, 33 anos depois do time que fez história com Careca e Maradona, Robson Toledo diz que a equipe hoje colhe os frutos plantados lá atrás."Depois daquela conversa com o presidente, lá em 2004, a gente viu que tinha feito a escolha certa. Esse projeto iniciado lá atrás hoje a gente vê os frutos sendo colhidos. Tudo começou com um sacrifício enorme de todos lá na 3ª divisão", ressaltou.

"A gente viu que o plano para o Napoli era ambicioso, porque o presidente contratou o Pierpaolo Marino para ser o diretor. Ele sempre esteve em grandes clubes na Itália, e, quando trabalhou em equipes menores, conseguiu levá-las ao topo. O nome dele em si já era algo grande. Tanto é que a maioria dos caras que ele trouxe eram de times grandes: eu vim da Udinese, o (Ignazio) Abate veio do Milan, o Fabio (Gatti) veio do Perugia... Todos estavam acima da 3ª divisão", relatou.

"Mas, para mim, isso não era um 'rebaixamento' na carreira. Era imenso estar num time da história do Napoli. Aquela reconstrução era algo do qual todos queriam fazer parte. O presidente Aurelio é uma pessoa muito ambiciosa e preparada para o mundo do futebol. É só ver os resultados que tem hoje. Ele programa muito bem as coisas e é muito sério. Antes de tomar qualquer decisão ou fazer qualquer contratação, se informa muito. Por isso, o resultado é excelente", argumentou.

https://www.espn.com.br/futebol/italiano/artigo/_/id/11964468/nao-tinha-nem-bola-treinar-fizemos-vaquinha-comprar-camisas-como-napoli-foi-falencia-gloria-20-anos


Treinador do Napoli afirma que Maradona ajudou na conquista do Campeonato Italiano: ‘Proteção’

Fonte: ISTOÉ Esportes 05/05/2023 Depois de conquistar o título do Campeonato Italiano, Luciano Spaletti  treinador do Napoli, homenageou o argentino Diego Maradona  eterno ídolo da equipe napolitana.

Falecido em 2020, Maradona é o principal jogador da história do Napoli. O argentino liderou a equipe em seus dois primeiros títulos do Campeonato Italiano, em 1987 e 1990, e foi o rosto da melhor geração do time.

“Vencer é obrigatório em Nápoles. Eles viram grandes treinadores, grandes campeões, eles têm uma torcida que viu Diego Armando Maradona jogar. E esse resultado provavelmente se deve um pouco à sua proteção”, declarou Spalletti, em entrevista à emissora DAZN.

O Napoli não vencia o Scudetto há 33 anos. A última conquista da equipe havia sido na temporada de 1990, justamente sob a liderança de Maradona. Na última quinta-feira (04), o clube celebrou o seu terceiro título no campeonato diante da Udinese, com cinco rodadas para o fim do italiano.

https://istoe.com.br/treinador-do-napoli-afirma-que-maradona-ajudou-na-conquista-do-campeonato-italiano-protecao/

MARADONA AJUDOU O NAPOLI DO ALÉM? 

Opinião do Blog: Curioso que após o falecimento de  Diego Armando Maradona(25/11/2020), quatro títulos importantes tenham acontecido envolvendo grandes amores do argentino e encerrando longos jejuns. O primeiro foi a Copa América conquistada pela Argentina em pleno Maracanã(10/07/2021) contra a seleção brasileira, título este que  não era conquistado desde 1993, acabando com um jejum de 28 anos. O segundo foi o  campeonato argentino conquistado pela equipe do Boca Juniors, seu clube do coração(23/10/2022). O terceiro título foi o tricampeonato mundial da Argentina(18/12/2022), acabando com uma espera por mais uma conquista de Copa do Mundo que durava  mais de 36 anos. O quarto foi o tão esperado título do campeonato italiano pelo Napoli, scudetto aguardado por 33 anos(04/05/2023) que os partenopei  não conquistavam desde a temporada 1989/1990 ainda com Maradona em campo. Apesar de não se poder provar que Maradona tenha efetivamente intervindo para a realização destas conquistas, que eu particularmente acredito, uma coisa é certa, ele certamente inspirou todos os atletas envolvidos aonde se sentia em campo a sua presença em todos estes títulos. Viva Maradona!


                       Diego Armando Maradona  30/10/1960 -  25/11/2020

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